Locais de mergulho

U-1277

Com a rendição da Alemanha a 7 de maio de 1945, findava a destruição da Europa, deixando mais de 70 milhões de mortos.

Em Portugal, país “neutro” onde não passou a barbárie do conflito, o fim da guerra foi marcado pelo desembarque da tripulação do U-Boat 1277 na praia de Angeiras, a 3 de junho de 1945, depois da rendição às forças Aliadas. Este foi dos últimos submarinos alemães a ser lançado à água durante a Segunda Guerra Mundial e era uma das mais modernas máquinas de guerra dos nazis. Os seus 67.23 metros de comprimento, 6.20 metros de pontal, 4.74 metros de boca e 9.55 metros de altura e a sua tripulação formada por 47 homens, demonstravam claramente a sua imponência.
Durante 42 dias o U-Boat 1277 navegou com os mantimentos e combustível a acabar e com uma tripulação amedrontada de que aquele fosse a sua última morada – um túmulo de aço submerso nas águas do Atlântico.
Havia saído da Alemanha em finais de Abril com o objetivo de prosseguir a guerra na zona do Canal da Mancha, mas duas semanas depois recebia a mensagem da rendição incondicional do seu País e ordens para se dirigir ao porto aliado mais próximo.
Contrariando a ordem recebida e evitando que o submarino ficasse nas mãos inimigas, o comandante tomou a decisão de o afundar junto a um país neutro. Foi ao largo do Cabo do Mundo que, concretizando a sua demanda, permitiu que toda a tripulação se salvasse.
O U-Boat 1277 jaz a cerca de 30 metros de profundidade, num fundo de areia, estando a popa completamente assoreada e com uma inclinação a bombordo de, sensivelmente, 45 graus.
Fruto das décadas de permanência no mar, a degradação e a destruição deste marco histórico são inevitáveis, sendo,  porém, visíveis neste nosso ex-libris, grande parte do periscópio, os lança torpedos e o leme de proa, pontos obrigatórios num mergulho ao U-Boat 1277.
Este histórico naufrágio carrega em si o peso da devastação e do terror vivido em dias de guerra que se contrapõem à fonte de riqueza submarina em que se transformou, como “viveiro” de fanecas e recife artificial por excelência para as diversas espécies que abundam nas águas da costa norte – congros, polvos, lavagantes e anémonas brancas e cor-de-rosa.
O U-Boat 1277 é sem dúvida um ícone do mergulho em Portugal, sendo o naufrágio, pelas razões históricas e de biodiversidade já enunciadas, com maior interesse e mais sedutor da costa portuguesa.

U-1277 – Porto, Portugal
U-1277 – Porto, Portugal
U-1277 – Porto, Portugal
U-1277 – Porto, Portugal
U-1277 – Porto, Portugal

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Navio do Norte

A designação de “Navio do Norte” foi atribuída pela comunidade piscatória de Angeiras – Vila Chã, porém, por haver indícios de se tratar de um navio vapor, este naufrágio será o “Tiber”.
Este navio a vapor transportava canhões, balas, folhas de cobre, não havendo certezas relativamente à causa do seu naufrágio.
Terá naufragado no século. XIX sem qualquer sobrevivente e com a perda total da carga.

É um naufrágio que se encontra a 33 metros de profundidade, num fundo de areia em mar aberto. Nele é possível observar uma parte da carga que era transportada, parte do cavername de madeira e uma abundante fauna que caracteriza a costa norte – cardumes de fanecas, congros, polvos, lavagantes e santolas.

Navio do Norte – Portugal

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Draga da Madalena

Situado ao largo da praia da Madalena em Vila Nova de Gaia, a uma profundidade variável entre os 18 e 21 metros, este naufrágio corresponderá a uma draga. Repousando num fundo de areia, este naufrágio está seccionado em duas partes distintas, sendo a navegação entre elas facilitada pela dispersão de destroços que as unem, estando as respectivas caldeiras visíveis.

É um naufrágio onde habitualmente se encontra cardumes de fanecas de vários tamanhos, polvos, congros, santolas e lavagantes … excepcionalmente são avistados cardumes de grandes robalos.

Draga da Madalena – Madalena, Portugal

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Batelão

De seu nome “Cantanhede”, fazia parte de um comboio de 3 embarcações composto por dois batelões – o “Cantanhede e o “Micaelense” – e um rebocador – o “Marialva” que, segundo reza a história, transportavam uma carga de cimento, tendo naufragado em Dezembro de 1959 em consequência de uma forte tempestade, com perda de toda a tripulação.
O “Batelão” jaz num fundo de areia a uma profundidade de 27 metros e no enfiamento da foz do Douro

Em consequência da erosão marítima apenas é visível o cavername, algumas placas laterais e parte da carga, petrificada com o contacto com água e que, dada a disposição inicial, forma uma “escadaria”.
É um naufrágio repleto de vida marinha característica da costa norte com especial destaque para as anémonas que o revestem e que realçam a beleza do “Batelão” em mergulho nocturno.

Dada a sua localização, este naufrágio é um mergulho condicionado às correntes que se fazem sentir e onde se encontram muitas redes fantasma.

Batelão, Porto, Portugal

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Brenha

Este Arrastão de pesca, de 32 metros de comprimento e datado de 1969, naufragou em Janeiro de 1996, numa noite de mar revolto, chuva e ventos fortes, ao largo do Mindelo depois de colidir com um rochedo da Guilhada que provocou um rombo no casco. Foi graças à perícia e perspicácia do Mestre em retirar o arrastão do local de embate e conduzi-lo para alto mar que toda a tripulação sobreviveu.

O Brenha jaz a 27 metros de profundidade num fundo de areia, com a quilha encravada num rochedo. Por força do mar, da sua grandeza de 32 mt resta intacta apenas a popa e a sua enorme hélice; do restante é ainda visível o bloco do motor com as válvulas e a gravação “Brenha” – ponto de visita obrigatório.

Além dos destroços é um naufrágio rico em vida marinha, com abundantes cardumes de fanecas e um belo jardim de anémonas

Brenha, Leixões, Portugal

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Jacob Maersk

Este petroleiro dinamarquês de nome “Jakob Maersk”, com um carregamento de crude, no dia 29 de Janeiro de 1975, quando se dirigia para o Porto de Leixões, embateu numa rocha no fundo do mar.
Após o embate, a casa das máquinas explodiu, seguindo-se muitas outras explosões que partiram todos os tanques e reservatórios. O navio partiu-se em três e incendiou-se por completo, provocando a morte a 7 tripulantes, ferimentos graves nos restantes e um derrame extenso de crude.
Durante três dias, as toneladas de crude arderam com chamas que atingiram os 100 metros de altura, enchendo a cidade de fumo preto e espesso, provocando intoxicações em muitas pessoas, criando memórias dantescas nas várias gerações da localidade.

A zona central do petroleiro e a popa afundaram-se. A proa flutuou durante vários dias, encalhando junto ao Castelo do Queijo, onde ficou durante 20 anos, até ser removida

Em memória e como marco histórico, uma âncora do petroleiro foi recuperada dos destroços e está exposta na Marina de Leça da Palmeira.
Este naufrágio é um conjunto de destroços metálicos disformes, está a uma profundidade variável entre os 12 e 15 metros e num fundo rochoso com pouca vida marítima. Dada a sua localização e o tipo de destroços só excepcionalmente estão reunidas as condições essenciais ao mergulho.

Jacob Maersk, Matosinhos, Portugal

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Pelo Negro

Esta designação é atribuída a uma formação rochosa semelhante aos “Canyons” localizada ao largo de Leça da Palmeira

Com uma profundidade que varia entre 21 e os 8 metros, este é o local, por excelência, para o mergulho recreativo e que permite conhecer e apreciar a vida marítima que habita este tipo de formação rochosa do nosso mar

No “Pelo Negro” há a certeza de uma variedade de vida, desde as multicolores anémonas às amarelas esponjas, dos crustáceos aos moluscos, até aos mais variados cardumes que circundam e habitam nestas pedras.
Para além da variedade de vida marinha este local oferece a possibilidade de, entre carreiros e paredes com mais de 4 metros de altura, poder apreciar este idílico cenário

Pelo Negro, Portugal

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Prego

Consiste numa baixa rochosa a uma profundidade de 21 metros.
Uma formação rochosa plena de vida, desde o enormes cardumes de fanecas, aos congros, aos lavagantes, polvos e santolas sendo, sazonalmente, avistados cardumes de grandes robalos.

O “Prego”, não defraudando expectativas, permite desfrutar plenamente da vida marinha característica da costa norte.

Prego, Portugal

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